Vimos em tópicos anteriores, que o personagem é um ser único dentro do universo criado pelo escritor. Ele possui características físicas, sociais e psicológicas próprias. Desta forma, é correto dizer que cada personagem possui sua própria impressão digital. Não existem dois personagens iguais, que pensam de forma igual e que se expressem de forma igual. Toda esta individualidade, é o que permite com que um personagem tenha profundidade suficiente para se desenvolver e evoluir durante a trama.
As boas histórias, entre outras coisas, são caracterizadas por personagens que aprendem e crescem com os próprios conflitos. Se o seu personagem é uma constante durante toda a história, talvez ele seja um pouco previsível demais. Em histórias de ficção, figuras previsíveis geralmente não são muito interessantes.
Por isso, há que se diferenciar o personagem que está em conflito daquele que é contraditório. O personagem em conflito é uma ferramenta que têm um objetivo dramático; ela serve para guiar o personagem em seu objetivo de crescimento no desenvolvimento do conflito; o personagem se expressa em ações antagônicas com resultados antípodes. A contradição, por outro lado, geralmente é um erro do escritor; o personagem também age de forma antagônica, mas sem objetivo dramático, sem crescimento, sem evolução; na maioria das vezes, as ações, diálogos e relacionamentos opostos do personagem acontecem por desatenção de quem está escrevendo.
Resumo da obra:
- A individualidade de um personagem é o que permite com que um personagem tenha profundidade suficiente para se desenvolver e evoluir durante a trama.
- As boas histórias são caracterizadas por personagens que aprendem e crescem com os próprios conflitos.
- Por isso, há que se diferenciar o personagem que está em conflito daquele que é contraditório.
- O personagem em conflito ferramenta que têm um objetivo dramático. O personagem em contradição, geralmente, é um erro do escritor que acontece por desatenção de quem está escrevendo.